Sobre alguns tipos de calçados


Para as mulheres, sapatos são acessórios essenciais, que carregam uma enorme carga de identidade. Eles são uns dos maiores objetos de desejo feminino, são os artigos que complementam o look, dando um toque final e, muitas vezes, chamando bem mais a atenção que a própria roupa. Não é à toa que as mulheres são simplesmente apaixonadas pelo famigerado acessório. Vamos conhecer um pouco mais sobre os tipos de calçados e sua história.



Alpargatas ou Alpercatas: Calçado fabricado com lona e solado de corda, originário dos países mediterrâneos, também conhecidos como espadrille. Disponíveis em várias cores, as alpargatas foram depois também confeccionadas com solados de borracha. O artista plástico espanhol Pablo Picasso costumava usá-las muito e, no Brasil, foram produzidas pela São Paulo Alpargatas S.A. com o nome de Alpargatas Roda.



Babuche: Originária dos países árabes, as babuches ou babuchas são chinelos sem salto, geralmente de couro, adotadas por homens e mulheres. No Brasil, foram muito usadas nos anos 60 e 70 e voltaram ao cenário da moda a partir do início do ano 2000. As marroquinas são as mais conhecidas, podendo sem simples ou rebordadas com grande requinte. Em Marrakech, babuches em couro com monograma da francesa Louis Vuitton, obviamente falsificadas, são vendidas nos mercados.



Birkenstock: Fundador de uma longa dinastia, Johann Adam Birkenstock aparece nos registros alemães como fabricante de calçados desde 1774. Em 1897, seu neto Konrad Birkenstock não se conformava com o fato de os calçados não seguirem a mesma forma do arco plantar dos pés e passou a desenvolver um projeto para criar um novo tipo de palmilha. Assim, em 1902, foi criada a primeira palmilha com o formato anatômico dos pés, a qual foi rapidamente distribuída na Alemanha. Em 1925, Carl Birkenstock entrou para a empresa e a palmilha foi exportada para outros países europeus. Em 1964, Karl Birkenstock, filho de Carl, desenvolveu a primeira sandália Birkenstock que, em 1966 foi levada para a América por Margot Fraser. Logo depois, foi inaugurada a Birkenstock USA. A sandália era composta por uma base de cortiça em forma anatômica, acamurçada na parte onde se coloca os pés, sendo arrematada por duas tiras de couro com fivelas laterais. Possuía, ainda, uma fina camada de borracha em sua sola. Em 1969, inúmeros jovens presentes ao Festival do Woodstock calçavam as famosas sandálias, que, até então, ainda não eram consideradas intens fashion. Trinta anos depois, em 1999, a loja Anatômica, na rue du Bourg-Tibourg na centralizadora Paris, já era o endereço procurado por franceses e inúmeras pessoas de outros países que ali podiam adquirir as sandálias, calçados e tamancos em couros e cores diferentes. No início do século XXI, a moda das sandálias estourou e, a partir de 2002 inúmeras lojas no Brasil têm comercializado cópias do modelo alemão.


Sandália - calçado que é preso aos pés por meio de tiras. É o mais comum e versátil dos tipos de calçados, e seu salto pode ser desde tamanho alto até sandálias sem salto.

Meia-pata é a plataforminha que sustenta a parte da frente do sapato, com um salto não tão fininho logo atrás. Ela é quase um meio termo entre a plataforma anabela e o salto agulha (não tão pesado quanto o primeiro, nem tão leve quanto o segundo). A gente pensa nelas como a evolução da plataforma sabe? E olha que elas eram usadas já na Grécia Antiga, pelas gueixas japonesas e na Europa no século XVI. Cada meio à sua maneira. Lá pelos anos 1930/40, elas começaram a ficar famosas nos Estados Unidos e no Reino Unido, mas só por volta dos anos 1970 que elas viraram febre. Naquela onda glam dos roqueiros.

Peep Toe - sapatos que mostram pelo menos um dos dedos do pé, famoso por está presente nos pés da nossa pequena notavel (Carmem Miranda), e pin-up hit na decada de 30.



Bota: Calçado geralmente confeccionado em couro, adotado por homens, mulheres e crianças, envolvendo os pés e com altura variável na perna. Tem sido usada há séculos e, atualmente há modelos de botas para a prática de esporte, para determinados tipos de trabalho e também para a prática da caça.
As botas curtas e brancas criadas por André Courrèges, as da inglesa Mary Quant, que iam até a altura dos joelhos, e as botinhas curtas dos Beatles foi ícone de moda dos anos 60.
No Brasil, Roberto Carlos e grande parte dos integrantes da Jovem Guarda (1965 – 1968) usaram botinhas inspiradas nos modelos do quarteto inglês. Ainda nos anos 70, jovens brasileiras, principalmente do Rio de Janeiro e São Paulo, adotaram o uso de botas longas com shorts, geralmente de couro, complementadas por meias de colorido ou não. Eram famosas, ainda nessa década, por sua qualidade e design, as botas da marca paulistana Altemio Spinelli, que também tinha lojas no Rio de Janeiro. A parir dos anos 80, as botas apareceram na moda em inúmeros modelos, com diferentes bicos, em couro liso ou estampado, em vinil, com salto alto, baixo ou totalmente plano. Na moda, continuam aparecendo pelo século XXI adentro os cuissardes (botas até a metade das coxas), as botas caubóis, as de espírito roqueiro ou punk ou as do tipo fetichista, com laçadas frontais.
A partir do final do século XX, as botas pesadas – ou coturnos – eram usadas igualmente por jovens de ambos os sexos e o visual contrastante adquirido pelo uso do calçado mais pesado com o vestido mais leve ganhou popularidade entre as adolescentes.



Botina e Ankle Boot: são botas que não têm cano, ou que o cano é baixo; no máximo até o tornozelo, geralmente de couro, fechada por botões, cadarço ou elástico. Seu uso era comum no século XIX, quando os modelos femininos eram abotoados ou fechados por laçadas. Nas primeiras décadas do século XX, eram muito usadas por crianças e, nos anos 70, as do tipo mateiro, com elástico bilateral, foram adotadas pelos jovens como complementação dos jeans e camisetas.



Escarpim ou Escarpim: Palavra derivada do italiano scarpino que, em português, segue a pronúncia do francês escarpin, ou seja, escarpan. O escarpin é um sapato feminino, leve, ligeiramente cavado na altura dos dedos e com salto.



Mocassim: Os algonquinos, povos indígenas de algumas partes dos Estados Unidos e Canadá já usavam a palavra mokasin para referir-se a seus calçados de couro e, em inglês, a palavra moccasin é usada para denominar um tipo de calçado simples e baixo.
Os confeccionados pelos índios norte-americanos são calçados leves de couro, com parte superior e inferior costuradas à mão com pontos largos, sem salto, bastando enfiar o pé para calçá-los. Interpretações coloridas desses mocassins apaches, com enfeites e bordados de miçangas têm reaparecido continuamente na moda contemporânea. Já os modelos mais estruturados do século XX foram chamados de loafers pelos ingleses e americanos. Os chamados penny loafers, com uma tira com pequena abertura por cima da gáspea, receberam esse nome nos anos 50, quando os americanos costumavam guardar uma moeda de um penny nessa pequena fenda para possíveis pequenos gastos ao sair de casa. Os mocassins com bridões, lançados pela italiana Gucci na década de 1960 tornaram-se um clássico, foram produzidos com solados de couro ou borracha e têm sido copiados no mundo inteiro.




Mule: Calçado do tipo chinelo, com salto e calcanhar descoberto usado desde o século XVI na França. As mules eram frágeis, confeccionadas em tecido e adotadas por homens e mulheres, sendo a distinção feita pelo pequeno salto presente nos modelos femininos. A partir do século XX, passaram a pertencer exclusivamente ao guarda-roupa das mulheres, tendo sido grande moda a partir de 199. As mules do início do século XXI foram fabricadas mos mais variados tipos de couro, saltos e bicos, servindo como complemento para inúmeros trajes, particularmente para as calças Capri, reeditadas no início da década de 2000. No Brasil, o exagero em relação aos bicos, extremamente pontudos foi depois compartilhado com versões de ponta quadrada.


Brogue: Modelo de calçado rústico usado por irlandeses em torno de 1790. Atualmente, o nome faz referência a um dos tipos de Oxford, os clássicos sapatos masculinos de amarrar.
Oxford: Modelo de sapato de couro de amarrar. Os sapatos Oxford possuem vários tipos, sendo o brogue e o derby os mais conhecidos.
O brogue originou-se na Irlanda como um calçado resistente para camponeses e, com o passar do tempo sofreu modificações, sofisticando-se e recebendo outros nomes.
O Cap-toe Oxford ou Derby tem uma segunda camada de couro em sua ponta, podendo ou não apresentar pespontos ou perfurações.
Ainda que seja tentada uma precisão na descrição e definição dos modelos, é sabido que, tanto na Europa quanto no Brasil e nos Estados Unidos, estes calçados possuem inúmeras variações de acordo com seus fabricantes.



Clogs: Calçado com solado em madeira, PVC ou cortiça, fabricado em inúmeras versões e modelos.
Nos anos 50 e início dos anos 60, eram comuns os tamancos grosseiros, compostos por uma base em madeira e uma tira larga, por onde se passava o pé. Eram os tamancos de português, chamados dessa maneira por serem usados principalmente por porteiros de prédios, na sua maior parte, imigrantes e por trabalhadores como os compradores de jornais velhos e de garrafas que, por puxarem um grande carrinho de madeira de duas rodas atrás de si mesmo eram apelidados maldosamente de burros-sem-rabos. Na década de 70, os tamancos de madeira ortopédicos e os tamancos conhecidos por tamancos suecos ou holandeses tornaram-se grande moda no Rio de Janeiro.



Sapatilha - calçado de bailarina, que ganhou forças em sua versão rua.



Tênis – utilitario esportico que virou febre em New York como moda de rua alternativa hoje é item indispensavel em qualquer guarda roupa, um tipo de calçado bastante unissex.

http://www.ladom.com.br/comportamento/oqep-modelos-de-calcados-femininos/
O lado masculino sobre os calçados femininos, muito bom.

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Gesik Gila

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